quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

INFINITO


INFINITO
Um poema por (e não para) Alex Simões

O meu quarto se abre em sacada
para um mar de janelas anônimas,
abertas, fechadas,
com luz ou sombra.
Cegas,
não me veem no meu quarto com sacada.
Ávidas de nudez,
minha nudez,
apenas me adivinham,
e eu, do meu vinho
já tomado,
estou também ávido, mas de mudez,
porque há muitas noites que te falo
de um infinito que não vês.

Um comentário:

Alex Simões disse...

Ohhhhhhhhh. O Infinito é todo seu, Marcus. Muuuuuito obrigado por essa linda homenagem.