PEQUENA SABATINA AO ARTISTA
Por Fabrício Brandão
Certos encontros, até mesmo os mais inesperados possíveis, costumam acrescentar seus ingredientes instigantes de descoberta e, por assim dizer, renovação de nossos repertórios de vida. Recordo-me que o momento de perceber as primeiras escutas em torno do escritor baiano Marcus Vinícius Rodrigues veio com a afirmação de que versos redefinem não apenas mistérios, mas também traços mais tênues e sublimes sobre quem realmente somos. O moço, a quem tomo a licença de nomear como poeta do imponderável, além de desfilar ideias sobre a sua intimidade com o universo literário, recitava seus curtos, porém incisivos versos embebidos em lembranças, afetos, enigmas e, sobretudo, ausências.
O autor de Pequeno inventário das ausências (Fundação Casa de Jorge Amado), livro de poemas que lhe rendeu o Prêmio Copene de Literatura 2001, é hábil em construir signos que cativam pelo rico jogo de apelos sensoriais. Noutro momento, o poeta Marcus veste as túnicas de uma prosa regada a doses intensas de lirismo, alguma introspecção e um precioso percurso sob a ótica feminina, para nos servir sinfonias existenciais no belo 3 Vestidos e meu corpo nu (Coleção Cartas Bahianas – P 55 Edições). Um pouco de suas percepções, nuances criativas e sentimentos que movem linhas agora estão aqui, dispostos numa breve conversa.
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